domingo, 11 de março de 2012

A Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial:
O contexto:
Quando a 1ª guerra mundial termina em 1918, um dos principais objectivos é tentar manter uma paz duradoura, em que se destaca a SN (Sociedade das nações 1920).
No entanto, em 1920 vêmos surgir tambem uma proliferação de movimentos totalitarios, em paises como Italia, Portugal e Alemanha e tambem no Japão.
Nos anos de 1936 e 1937, a Alemanha, Italia e Japão formaram o eixo Berlim-Tokyo.
Em 1938 a Alemanha anexa a Austria no mês de Março e o pais dos Sudetas no mês de Setembro.
Por outro lado, a Alemanha assina um pacto de não agressão com a URSS.
A primeira grande agressão que conduzio ao conflito foi a invasão da Polonia a 1 de Setembro de 1939, o que leva a França e a Inglaterra a declarar guerra á Alemanha.

O conflito:
1ª fase:
A invasão da Polonia foi algo fulminante (devido á tactica moderna da guerra relampago) que apanhou as forças aliadas desprevenidas.
-Bombardeiro Alemão, simbolo da Blitzkrieg.



No verão de 1940, Hitler já controlava metade da Europa e pensando conseguir ganhar a Inglaterra, neutralizando a Royal Air Force, deu-se a Batalha de Inglaterra que terminou com a primeira grande derrota alemã.

2ª fase:
Passado um ano da invasão a frança, Hitler planeia uma invasão á URSS que teve inicio em junho de 1941 e em Dezembro do mesmo ano, Estaline Lança uma enorme contra ofensiva que faz o exercito Alemão recuar.

A 7 de Dezembro de 1941, os aviões japoneses atacam Pearl Harbor. Os Estados Unidos entram em guerra contra o Japão no dia 8 de Dezembro e a Alemanha e Itália declaram guerra aos Estados Unidos três dias depois.

No ano de 1943 a guerra já estava perfeitamente globalizada, e no final deste ano Mussolini morre e a Italia retira-se do conflito.

3a Fase:
O presidente norte-americano e o primeiro-ministro britânico já haviam aprovado um plano — seu nome em código era Overlord —  que tinha como finalidade o desembarque da Normandia (6 de julho de 1944). A operação Overlord ia satisfazer finalmente a demanda de uma segunda frente, que já vinha sendo reclamada com insistência pelos soviéticos.
http://www.youtube.com/watch?v=ehQtpXHCdJI&feature=related

 Após Conferência de Ialta, em fevereiro de 1945, Stalin aceitou declarar guerra ao Japão em um prazo de três meses, a partir da rendição da Alemanha e em troca de certas concessões territoriais no Extremo Oriente. Também se decidiu que a estratégia contra a Alemanha consistiria em lançar um ataque a partir do norte até Berlim, dirigido por Montgomery, apesar dos exércitos dos Estados Unidos também participarem.

Hitler suicidou.se enoseu bunker em Berlim em 30 de abril de 1945. Nomeando o almirante Karl Doenitz como seu sucessor na posição de chefe do Estado . Alfred Jodl, assinou a rendição incondicional de todas as Forças Armadas alemãs no quartel-general de Eisenhower, estabelecido em Reims, em 7 de maio.Os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha declararam em 8 de maio o Dia da Vitória na Europa. A rendição incondicional completa entrou em vigor um minuto depois da meia-noite, uma vez firmado em Berlim um segundo documento que também foi assinado pela URSS.

O final da guerra no Pacífico não se avistava, apesar da situação do Japão ser desesperadora. O assalto de uma pequena ilhota árida — a batalha de Iwo Jima — custou a vida de mais de 6.000 soldados da infantaria da Marinha norte-americana, antes de transformar-se numa base segura em 16 de março. Ao longo de todo o conflito, os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha haviam realizado um grande projeto científico e industrial para o desenvolvimento de armas nucleares. O presidente Harry S. Truman permitiu que fossem lançadas duas bombas atômicas: a primeira sobre Hiroshima e a segunda sobre Nagasaki. A URSS declarou guerra ao Japão em 8 de agosto e invadiu Dongbei Pingyuan ou Manchúria no dia seguinte. O Japão anunciou sua rendição em 14 de agosto. A assinatura oficial se realizou na baía de Tóquio a bordo do encouraçado Missouri em 2 de setembro.


As Consequências da Guerra:
A Segunda Guerra provocou um desenvolvimento da indústria bélica e um grande número de mortes: a União Soviética teve 20 milhões de mortos; 6 milhões de alemães; 1,2 milhões de mortos japoneses; e o extermínio de judeus, nos campos de concentração chegou a cerca de 7 milhões de vítimas.

Outra das consequência foi a reunião dos aliados e da União Soviética, procurando reorganizar o mapa político alterado pela guerra.
As conferências e suas principais decisões foram:

Conferência de Ialta- Com a participação de Churchill, Roosevelt e Stalin que confirmaram a divisão da Alemanha e dividiram a Coréia em zonas de influência: o Sul controlado pelos EUA e o Norte pela União Soviética.

Conferência de Potsdam- Participação de Clement Attlee (Grã-Bretanha), Harry Truman (EUA) e Stalin. Efetivou a divisão da Alemanha em zonas de influência, a criação de um tribunal para julgar os crimes nazistas (Tribunal de Nuremberg) e estipulado uma indenização de 20 bilhões de doláres à Inglaterra, URSS, França e EUA.

Outras conseqüências:A criação da ONU; O Plano Marshall, plano de ajuda econômica dos EUA para recuperar a economia européia. A nação que quisesse receber a ajuda deveria combater- internamente-o avanço das idéias comunistas;
A Guerra Fria, um conflito ideológico entre o capitalismo- sob a liderança dos EUA – e o comunismo, liderado pela União Soviética. A Guerra Fria foi inaugurada pela Doutrina Truman, que justificava uma intervenção militar para evitar que os comunistas chegassem ao poder em qualquer país.


Trabalho realisado por: Guilherme Gomes

sexta-feira, 2 de março de 2012

O Mundo Comunista


O Mundo Comunista


Contexto do seu surgimento

  Assim que a Segunda Guerra Mundial teve o seu fim em 1945, o mundo eclodiu numa série de conflitos que originou a sua bipolarização.
  Realizaram-se conferências de paz com vista a cooperação entre os países, nomeadamente, a de Ialta e a de Potsdam. Na primeira conseguiu-se entrar em acordo, pacificamente; na segunda, já com alguma animosidade, encerrou sem uma solução definitiva, acabando por consolidar alguns aspectos da anterior.
  Os países em confronto foram os que outrora se apoiaram mutuamente no segundo conflito mundial, ou seja, os EUA, capitalista, e a URSS, comunista, contudo os numerosos conflitos internos e, ainda, os principios ideológicos defendidos que eram totalmente diferentes geraram um clima de confrontos indiretos e, ao mesmo tempo, a criação de dois blocos antagónicos.
  Este bipolarismo acabaria por se consolidar entre 1945 e 1955 com as campanhas de propaganda, que pretendiam a captação de aliados, e a com a corrida de armamente.
  O mundo vê os ânimos a baixar aquando a morte de Estaline, em 1953, e a ascensão de Kruchtchev, pois aqui inicia-se a fase de coexistência pacífica entre os soviéticos e os americanos, onde se reabre o diálogo entre os blocos.


Mundo Comunista




Conflitos localizados durante este período
  A maioria dos conflitos que surgiram entre as duas potências foram gerados, principalmente, para conter as ameaças um do outro, que insistiam, continuamente, em se expandir e captar aliados. A sua hegemonia estendia-se aos países do Leste, à qual criou uma uma área impenetrável de influência a que Churchill, presidente inglês, denominou de “cortina de ferro”. Ao tentar que a sua ideologia se expandisse, acabou por recorrer à violência, em alguns casos. A Guerra da Coreia, entre 1950-1953, foi um desses exemplos.
  Na Alemanha, dividida, na Conferência de Ialta, em quatro áreas de ocupação (EUA, URSS, França e Inglaterra), principalmente, na cidade de Berlim, surgiu um dos primeiros conflitos localizados, isto é, o Bloqueio de Berlim, pela União Soviética, entre 1948-1949, que não permitia o abastecimento da cidade pela via terrestre, bloqueando todas as vias que conduziam a ela. Os ingleses acabam por abastecer-la por via aérea. Mais tarde, em 1961, surge uma segunda crise na cidade, que obriga a construção de um muro, pois a Alemanha estava agora dividida em duas nações, a RDA -república democrática da Alemanha- e a RFA –república federal da Alemanha-, criando um ponto de passagem dos cidadãos da RDA para o lado Ocidental. Estas deserções afectavam gravemente a economia, levando à construção do muro, que envolvia todo o território de Berlim Ocidental. Esta divisão da cidade concretizava a divisão do país e do mundo em dois blocos antagónicos.
  Em Cuba, considerada o bastião comunista da União Soviética, surgiu um conflito que colocou o mundo num sobressalto, em 1962, com a Crise dos Mísseis de Cuba, aquando o período da coexistência pacífica.
  A revolução cubana, em 1959, sem influência comunista, surgiu num período em que o país se encontrava sob o poder de um ditador, afecto aos EUA, que se tornava necessário destituir. Assim, a revolução democrática foi levada cabo por Fidel Castro e Che Guevera contra Fulgência Baptista, acabando com a ditadura.

"Cortina de Ferro"


Muro de Berlim 1961
Base dos Mísseis de Cuba



Áreas de expansão comunista:

  A União Soviética expandiu-se por quatro áreas principais, sendo estas a Europa do Leste (conceito de “cortina de ferro”, de Churchill), Ásia, África e América Latina. 
  Este desencadear de expansões somente tornou-se possível graças ao processo de descolonização da ONU e ao reforço militar soviético, que levou à implantação de regimes comunistas de modelo soviético. Deste modo, a URSS saiu do isolamento em que se encontrava desde Outubro de 1917.
  Na Europa, sucedeu-se a primeira vaga de extensão do comunismo, sob pressão directa da URSS , e os novos países designaram-se de democracias populares, onde se exercia um regime monopartidarista, e à semelhança do modelo soviético, adopta a ideologia comunista em todos os sectores da sociedade, exercendo de forma absoluta.

  Como a esmagadora maioria é a população, esta exerce o poder e a gestão do Estado pertence às classes trabalhadoras.

  A URSS, reforçou os laços criados entre os novos países aliados, constituindo, em 1955, o Pacto de Varsóvia, totalmente oposto à NATO. Este pacto era uma aliança militar que previa a reacção conjunta a qualquer agressão que pudesse surgir.

      “Art. 4º .

       Em caso de agressão armada na Europa contra um ou vários dos estados signatários do Tratado […] cada Estado signatário do Tratado, exercendo o seu direito à autodefesa individual ou colectiva de acordo com o artigo 51 da Carta da Organização das Nações Unidas, concederá ao Estado ou estados vítimas de uma tal agressão assistência imediata […]”

Pacto de Varsóvia, 14 de Maio de 1955

 

Ao não permitir desvios, recorria à violência, contendo a agitação social, como o caso da Hungria, em 1956, e a Checoslováquia, em 1968, que obrigou à intervenção dos militares do Pacto de Varsóvia a reprimir os levantamentos sociais contra o poder soviético.

  Na Ásia, foi necessário recorrer à violência para se implantar o modelo soviético neste continente. No entanto, só a Coreia, teve essa necessidade, desenrolando-se uma autêntica Guerra Civil, que durou três anos (1950-1953), entre o norte comunista, república popular da Coreia, e o sul capitalista, república popular da Coreia. O objectivo era unificar o país tornando-o soviético. Contudo, o seu fim não chegou a uni-lo.
  Nos restantes países do continente, o triunfo do modelo soviético sucedeu graças aos movimentos revolucionários motivados pela URSS. Como o caso da China de Mao Tsé-Tung, em que este, em 1949, proclama a instauração da República Popular. Todavia, acaba por afastar-se por de Nikita Kruchtchev, após a morte de Estaline, pelo motivo deste se distanciar da sua ideologia.
  Na América Latina, o ponto fulcral da expansão e, também, o bastião, foi, como referido anteriormente, Cuba, onde um grupo de revolucionários actua sob o comando de Fidel Castro e Che Guevara, aqueles que livraram os cubanos da ditadura.
  Em 1962, a influência da URSS confirma-se quando aviões americanos detectam, através de fotografias aéreas, a construção de um base de mísseis russos de médio alcance, cujo alvo era território americano.
  Kennedy ordena a retirada a imediata dos mísseis, colocando o mundo com receio de um grande conflito entre as superpotências. Kruchtchev, de visita aos EUA, acaba por retirá-los com a certeza de que o presidente americano não entraria em Cuba, investindo na instituição do capitalismo. Este país latino acabaria por desempenhar um papel importante na proliferação do comunismo.
  Na África, a segunda vaga de descolonizações tornou-se um factor importante para a implantação do modelo soviético nesta área, graças ao apoio da URSS aos movimentos de libertação.                                     

Europa do Leste








Coreia do Norte


Mao Tsé-Tung


América Latina






Economia:
  A URSS levava a cabo uma economia fechada e planificada e adaptando este modelo aos regimes soviéticos fez com que se recuperassem rapidamente. E com os planos quinquenais a apostar na indústria pesada e nas infraestruturas , estes conseguiram, com o seu crescimento significativo, alcança a segunda posição da indústria mundial
  Contudo, a longo prazo, estas medidas mostravam fraquezas que viriam a evindenciar o seu pouco sucesso. Essas medidas, apesar de relativamente estáveis, não acompanhavam as necessidades da população, que continuava a ter um nível de vida precário, que não acompanhava a evolução, visto que, o salário continuava baixo, não compensando o esforço exercido no trabalho, havia carência de bens materiais e a agricultura, portadora de falta de investimento, má gestão e falta de formação dos agricultores, a construção habitacional, a indústria e o sector terciário pouco avançavam. Mas, por outro lado, onde as indústrias progrediam, a população acabava por se amontoar na periferia,fugindo à pobreza, onde havia filas de espera imensas para adquirir bens essenciais à sobrevivência.
       “O ritmo de crescimento da agricultura socialista acusa um atraso nítido relativamente ao ritmo de crescimento da indústria e das necessidades de consumo da população.
       Entre 1940 e 1952, […] a produção agrícola global cresceu somente 10%. […]”
Nikita Kruchtchev, 1953
   Com o passar do tempo, a economia planificada dos países de modelo soviético começou a mostrar as suas debilidades. Na agricultura, o descontentamento dos agricultores leva à sua desmotivação, há falta de investimento que se reflectem, evidentemente, na produtividade. A planificação da economia, não oferece a autonomia necessária ás empresas, que não controlam as produções, o equipamento, os trabalhadores , nem outros assuntos relacionados com a fixação de salários e preços ou na escolha dos seus fornecedores, impedindo-as de se desenvolverem. A procura de cumprir com os planos, atendendo à quantidade necessária de produzir, acaba por não haver uma preocupação com a qualidade dos produtos ou ao potencial dos equipamentos.



Conclusão:

Em suma, a URSS passou por muitas dificuldades para conseguir se relançar na economia, e mesmo após a morte de Estaline, em 1953, que permitiu a sua destalinização, que levou a uma orientação mais liberal, aberta ao diálogo com o Ocidente, as expectativas ficaram bastante aquém do que se esperava.
  Esta situação não se alterou e nem se tentou uma melhoria, pois na década de 70, Brejnev assume o poder, retomando um regime repressivo, o culto à personalidade , a corrupção e a burocracia, que “garantiu” uma verdadeira estagnação e o aumento do descontentamento.


  Fonte:



Trabalho Realizado : Bruna Fernandes nº 10 12ºJ