A Belle Époque, termina com o início da primeira Guerra Mundial, como nos mostra o video, muito genericamente. Este video é bom para recordar a época em que se deu este período de prosperidade, que nos vai remeter à abordagem do tema Loucos Anos 20, ou, The Roaring Twenties, que foi uma década próspera, tal como a época que se iniciou no séc. XIX, em França, (Belle Époque), e espalhando-se pelo mundo. Porém há diferenças, daí este trabalho.
The Roaring Twenties
Como já sabemos, após a 1ª Guerra Mundial, as mentalidades mudaram, tal como os comportamentos. Isto deve-se ao impacto da Guerra, que para além de económico, militar e politico, conseguiu mutar as mentalidades, agora citadinas e massificadas. Esta mutação deu-se ao nível da cultura do ócio e da emancipação feminina, que é o que vamos ver a seguir.
Os sentimentos reprimidos, de angustia e medo, como consequência dos tempos de guerra, foram substituídos, pela esperança e fúria de viver, pelo não olhar para trás e viver, sem reflectir, pondo assim em causa os valores espirituais e morais burgueses. O impacto foi, primeiramente, vivido nos EUA, sendo depois divulgado e alargado pela Europa. A expressão "loucos anos 20" retrata o ambiente frenético em que se vivia.
Nesta década a juventude era muito apreciada, estando os jovens a ouvir as peripécias dos mais velhos, aquando da sua juventude. Também os jovens de cariz burguesa e classes altas, procuravam os prazeres da vida, os prazeres mundanos, da vida nocturna, em festas e clubes, com bebida, tabaco, dança, desporto, viagens e o romantismo, que nesta altura era muito concorrido e estimado.
O Jazz, o tango, o foxtrot e o Cherlston eram os géneros de musica, que se faziam ouvir nas festas frenéticas, deste período. O cinema, e a brodway, expandem-se, tal como as viagens, os desportos, para as classes burguesas, que tinhas o tempo e a disposição para se darem ao ócio. Destes desportos, podemos destacar o automobilismo, e aviação, que nesta época, evidenciaram-se e deixaram marcas para a paixão da velocidade se prolongar até aos dias de hoje.
A moda também se fez notar, tanto nos homens, como nas mulheres, mas acima de tudo neste último género. Assim sendo, o homem usava tecidos mais leves, e casacos mais curtos, as calças muitas vezes eram substituídas por calças de golf, tal como o colete era substituído pelo pluver, o que lhes dava um ar mais descontraído e jovem.
Deixo um link de um video bastante interessante, que nos faz um apanhado das danças frenéticas, do cinema, da emancipação feminina, e um pouco de arte.
A moda também se fez notar, tanto nos homens, como nas mulheres, mas acima de tudo neste último género. Assim sendo, o homem usava tecidos mais leves, e casacos mais curtos, as calças muitas vezes eram substituídas por calças de golf, tal como o colete era substituído pelo pluver, o que lhes dava um ar mais descontraído e jovem.
As mulheres, para se equipararem ao homem, uma vez que conseguiram, mesmo, chegar a substitui-lo em cargos, na sua ausência para a Guerra, em fábricas, para manter as suas famílias (o que as tornou num ser independente do homem) e cuidar dos feridos (como enfermeiras), cortavam o cabelo curto "a la garçonne". Esta equiparação, foi percepcionada por elas, e a seguir os acompanhantes masculinos, já não eram necessários nem de dia, nem de noite, quer para fazer compras, quer para clubes nocturnos; como eram seres muito semelhantes, e como tal, tinham os mesmo direitos, a mulher começou a beber e a fumar. O papel da mulher estava muito mais fincado, nesta época, pois após a Guerra já trabalhavam fora de casa, não tinham um papel meramente submisso aos seus homens. Para além do trabalho, a mulher desde há muito que vinha a lutar pelos seus direitos de igualdade na politica. Assim, sendo, as sufragistas conseguiram conquistar o direito ao voto, na Alemanha, Áustria, Inglaterra e EUA, não sendo só o direito ao voto, mas sim o de exercer funções politicas, o direito de pleno acesso aos cargos públicos. Ao nível da moda, a mulher encurtou os vestidos, acentuando as curvas, o que tornava os vestidos provocantes, com decotes, a maquilhagem era frequente e, igualmente provocante, com o carmim, os braços estavam, agora, descobertos, os sapatos eram de salto alto e a utilização de acessórios, como as pérolas, era frequente. Em relação à roupa interior o espartilho foi substituído pelo soutien. Também no casamento, se nota que o papel da mulher mudara, pois o divorcio não deixa a mulher mal vista na praça pública, nem "falada", como se usava o termo antigamente. Tal como o papel da mulher mudara, no casamento, esta união, também se torna mais instável, com, o já referido, divórcio. Mas não só o divórcio é uma diferença, nesta época, o casamento era por amor, e não por compromisso; o controlo da natalidade também, se começava a fazer sentir, daqui concluímos, a mutação dos valores tradicionais, para dar lugar à modernidade.
No séc. XX, desaparece o individuo, que dá lugar à multidão, assim promovendo-se o anonimato e a massificação. O ritmo é alucinante, quer nas ruas, quer nos empregos ( trabalho em série, que torna o trabalhador numa máquina sistemática) quer no ócio, para acompanhar este ritmo, desenvolve-se os transportes que poupa tempo, e traz condições de vida melhores, mais confortáveis.
É necessário, também, referir as novas concepções cientificas, como a psicanalítica. E a literatura e as inovações ao nível da pintura. Tal como a descrença no pensamento positivista.
Porém, nem tudo é bom nesta época! Também há pobreza, existem as classes mais baixas que não têm tempo, nem dinheiro para se divertir, para se darem ao ócio. Esta classe é a outra face da moeda, é a face que muitas vezes se esquece, mas que também é importante referir. Estas pessoas, que trabalham em fabricas, que são quase umas máquinas humanas, uns escravos pagos com más condições de trabalho, que produzem o mais rápido e eficaz possível, para o usufruto dos mais abastados.
Para terminar, deixo o link de um vídeo que resume e relata o que acabei de expôr. E a sugestão de um filme bastante bom que retrata a época.
Fontes:
Google;
Wikipédia,
Guia de estudo História A 12º (Porto Editora),
Apontamentos,
Livro "O tempo da História" 1ª parte Historia A (12º) Porto Editora.
Autora: Mónica Gomes
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