terça-feira, 22 de novembro de 2011

Os loucos anos 20


A Belle Époque, termina com o início da primeira Guerra Mundial, como nos mostra o video, muito genericamente. Este video é bom para recordar a época em que se deu este período de prosperidade, que nos vai remeter à abordagem do tema Loucos Anos 20, ou,  The Roaring Twenties, que foi uma década próspera, tal como a época que se iniciou no séc. XIX, em França, (Belle Époque), e espalhando-se pelo mundo. Porém há diferenças, daí este trabalho. 





 The Roaring Twenties

Como já sabemos, após a 1ª Guerra Mundial, as mentalidades mudaram, tal como os comportamentos. Isto deve-se ao impacto da Guerra, que para além de económico, militar e politico, conseguiu mutar as mentalidades, agora citadinas e massificadas. Esta mutação deu-se ao nível da cultura do ócio e da emancipação feminina, que é o que vamos ver a seguir. 
Os sentimentos reprimidos, de angustia e medo, como consequência dos tempos de guerra, foram substituídos, pela esperança e fúria de viver, pelo não olhar para trás e viver, sem reflectir, pondo assim em causa os valores espirituais e morais burgueses. O impacto foi, primeiramente, vivido nos EUA, sendo depois divulgado e alargado pela Europa. A expressão "loucos anos 20" retrata o ambiente frenético em que se vivia.
Nesta década a juventude era muito apreciada, estando os jovens a ouvir as peripécias dos mais velhos, aquando da sua juventude. Também os jovens de cariz burguesa e classes altas, procuravam os prazeres da vida, os prazeres mundanos, da vida nocturna, em festas e clubes, com bebida, tabaco, dança, desporto, viagens e o romantismo, que nesta altura era muito concorrido e estimado. 
O Jazz, o tango, o foxtrot e o Cherlston eram os géneros de musica, que se faziam ouvir nas festas frenéticas, deste período. O cinema, e a brodway, expandem-se, tal como as viagens, os desportos, para as classes burguesas, que tinhas o tempo e a disposição para se darem ao ócio. Destes desportos, podemos destacar o automobilismo, e aviação, que nesta época, evidenciaram-se e deixaram marcas para a paixão da velocidade se prolongar até aos dias de hoje.

Deixo um link de um video bastante interessante, que nos faz um apanhado das danças frenéticas, do cinema, da emancipação feminina, e um pouco de arte. 


A moda também se fez notar, tanto nos homens, como nas mulheres, mas acima de tudo neste último género. Assim sendo, o homem usava tecidos mais leves, e casacos mais curtos, as calças muitas vezes eram substituídas por calças de golf, tal como o colete era substituído pelo pluver, o que lhes dava um ar mais descontraído e jovem.
As mulheres, para se equipararem ao homem, uma vez que conseguiram, mesmo, chegar a substitui-lo em cargos, na sua ausência para a Guerra, em fábricas, para manter as suas famílias (o que as tornou num ser independente do homem) e cuidar dos feridos (como enfermeiras), cortavam o cabelo curto "a la garçonne". Esta equiparação, foi percepcionada por elas, e a seguir os acompanhantes masculinos, já não eram necessários nem de dia, nem de noite, quer para fazer compras, quer para clubes nocturnos; como eram seres muito semelhantes, e como tal, tinham os mesmo direitos, a mulher começou a beber e a fumar. O papel da mulher estava muito mais fincado, nesta época, pois após a Guerra já trabalhavam fora de casa, não tinham um papel meramente submisso aos seus homens. Para além do trabalho, a mulher desde há muito que vinha a lutar pelos seus direitos de igualdade na politica. Assim, sendo, as sufragistas conseguiram conquistar o direito ao voto, na Alemanha, Áustria, Inglaterra e EUA, não sendo só o direito ao voto, mas sim o de exercer funções politicas, o direito de pleno acesso aos cargos públicos. Ao nível da moda, a mulher encurtou os vestidos, acentuando as curvas, o que tornava os vestidos provocantes, com decotes, a maquilhagem era frequente e, igualmente provocante, com o carmim, os braços estavam, agora, descobertos, os sapatos eram de salto alto e a utilização de acessórios, como as pérolas, era frequente. Em relação à roupa interior o espartilho foi substituído pelo soutien. Também no casamento, se nota que o papel da mulher mudara, pois o divorcio não deixa a mulher mal vista na praça pública, nem "falada", como se usava o termo antigamente. Tal como o papel da mulher mudara, no casamento, esta união, também se torna mais instável, com, o já referido, divórcio. Mas não só o divórcio é uma diferença, nesta época, o casamento era por amor, e não por compromisso; o controlo da natalidade também, se começava a fazer sentir, daqui concluímos, a mutação dos valores tradicionais, para dar lugar à modernidade.





No séc. XX, desaparece o individuo, que dá lugar à multidão, assim promovendo-se o anonimato e a massificação. O ritmo é alucinante, quer nas ruas, quer nos empregos ( trabalho em série, que torna o trabalhador numa máquina sistemática) quer no ócio, para acompanhar este ritmo, desenvolve-se os transportes que poupa tempo, e traz condições de vida melhores, mais confortáveis.










É necessário, também, referir as novas concepções cientificas, como a psicanalítica. E a literatura e as inovações ao nível da pintura. Tal como a descrença no pensamento positivista.







Porém, nem tudo é bom nesta época! Também há pobreza, existem as classes mais baixas que não têm tempo, nem dinheiro para se divertir, para se darem ao ócio. Esta classe é a outra face da moeda, é a face que muitas vezes se esquece, mas que também é importante referir. Estas pessoas, que trabalham em fabricas, que são quase umas máquinas humanas, uns escravos pagos com más condições de trabalho, que produzem o mais rápido e eficaz possível, para o usufruto dos mais abastados.  


Para terminar, deixo o link de um vídeo que resume e relata o que acabei de expôr. E a sugestão de um filme bastante bom que retrata a época. 











Fontes:
Google; 
Wikipédia, 
Guia de estudo História A 12º (Porto Editora), 
Apontamentos, 
Livro "O tempo da História" 1ª parte Historia A (12º) Porto Editora.



Autora: Mónica Gomes

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