I.
Figura 1 – cerimónia da adesão de Portugal à CEE no Mosteiro dos Gerónimos a 12 de Junho de 1985 |
No dia 12 de Junho de 1985, em Lisboa, é assinado o Tratado de Adesão de Portugal à Comunidade Europeia, assinado pelo Primeiro Ministro, Mário Soares (Fig.1). No mesmo dia é assinado o Tratado de Adesão da Espanha.
Figura 2 – para além de modo geográfico, Portugal passa a
integrar
ecomica e politicamente a Europa com mais firmeza.
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Portugal conjuntamente com a Espanha, no dia 1 de Janeiro de 1986 entram para a CEE (Comunidade Económica Europeia). A entrada para a CEE não foi um processo muito simples, mas no caso de Portugal foi visto como um enorme desafio, uma vez que era o país pequeno e bastante vulnerável no campo económico. (Fig.2)
A Evolução Económica
I. Da Integração (1986) a 1992
Após
a entrada de Portugal na CEE, é esperado um período difícil para o povo
português. O motivo deste período árduo que avizinhava Portugal devia-se às
consequências provenientes da Revolução de 25 de Abril de 1974, desencadeada
pelo Movimento das Forças Armadas (MFA)
que terminou com 48 anos de ditadura em Portugal, principalmente pelas
dificuldades económico-financeiras:
- Elevadas taxas de juro;
- Forte inflação;
- Desempregro;
- Insuficiente desenvolvimento tecnológico e económico;
- Fraco dinamismo empresarial;
- Carências na rede das comunicações.
Porém, com a entrada de Portugal na CEE
verificava-se sinais de mudança, com alguns benefícios. Neste contexto Portugal
recebe apoios e afluxo de capitais no
âmbito dos Fundos Estruturais e posteriormente do Fundo de Coesão. O
principal objectivo destes organismos era aproximar Portugal dos níveis de
desenvolvimentos dos países membros da CEE. Para além destes apoios, Portugal
teve ainda ajuda de fundos para investir:
- No sector
Agrícola (PEDAP) - Programa
Específico de Desenvolvimento da Agricultura em Portugal;
- Na Indústria
(PEDIP) - Programa Específico de
Desenvolvimento da Indústria Portuguesa;
- No emprego e na
formação profissional (PODAEEF) - Programa de
Desenvolvimento e Apoio a Estruturas de Emprego e de Formação;
- Na criação de
infra-estruturas viárias (PRODAC) - Programa
Operacional de Desenvolvimento das Acessibilidades;
- E na educação
(PRODEP) - Programa de Desenvolvimento
Educativo para Portugal.
Estes fundos comunitários só se
fizeram sentir após 1986. Podemos verificar isso:
- No aumento de pequenas e médias empresas;
- No crescimento (significativo) do PIB;
- No aumento do sector terciário modernizando a estrutura
da economia;
- No acréscimo das obras públicas;
- No défice da balança de transacções, que diminui;
- No aumento dos salários e consequentemente uma diminuição
do desemprego;
- Na melhoria das regalias sociais (pensões e subsídios);
- E por fim, no aumento do consumo privado o que se reflecte
numa melhoria do nível de vida.
Ou
seja, Portugal de 1986 até 1992 aparenta uma expansão significativa com um crescimento superior ao da média europeia, tanto no
desenvolvimento económico, como na atenuação do défice orçamental e hegemonia
do Estado. Hoje em dia, podemos verificar que tal período de prosperidade não
durou muito tempo, pois agora o país depara-se com uma crise em que torna
inevitavelmente um custo de vida muito grande, o progressivo endividamento e inclusive a falência de empresas – sendo as
mais frequentes as falências das empresas de menores dimensões (pequenas e
médias empresas).
II. De 1993 ao fim do século
Portugal, entre 1992 e 1993, sofre uma
ligeira redução no crescimento. Porém, retoma, logo de seguida, a modernização
e o crescimento. A evolução foi de tal forma positiva para o país que no fim do
milénio o Portugal de 1986 ‘não existe’ – o país apresenta um quadro económico completamente
diferente.
A agricultura,
como se havia de esperar, deixa de assumir a importância que teve outrora, pois
apesar de receber investimentos e compensações europeias, não era suficiente
para competir com a concorrência do mercado europeu.
Por outro lado, o sector
terciário, cresce e ocupa a maior fatia dos três sectores da
economia. Especialmente devido à:
a) Proliferação das grandes superfícies
comerciais;
b) Expansão da área das telecomunicações e do
audiovisual;
c) Ampliação da informatização;
A siderurgia, a química, a construção naval
e a electromecânica perdem importância. No que se refere as exportações, os têxteis, o vestuário, o
calçado, a madeira e a cortiça são substituídos pelas máquinas e material de
transporte.
Figura 3 – Ponte Vasco da Gama, a segunda travessia do Rio Tejo
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