Fig. 1 - a azul o mundo capitalista, a vermelho o mundo comunista |
Alianças
Após feito o Plano de ajuda americano á Europa (Plano Marshall), Estaline viu a necessidade de fazer algo semelhante aos países sob sua influência.
Em 1947 cria o COMINFORM, uma organização internacional dos partidos comunistas dos vários países que integram o bloco socialista.
Em Janeiro de 1949, os soviéticos respondem ao Plano Marshall com o lançamento do Plano Molotov, cujo estabelece as estruturas de cooperação económica da Europa Oriental. No âmbito deste plano foi criado o COMECON (Conselho de Assistência Económica Mútua), uma instituição destinada a promover o desenvolvimento dos países comunistas apoiados pela URSS.
Já mais tarde em 1955, é criada uma aliança militar (semelhante á NATO) pela URSS e os países comunistas sob sua influência, o Pacto de Varsóvia.
Expansionismo soviético na Europa
Entre 1945 e 1970 o comunismo foi-e alastrando rapidamente por vários continentes, incluindo a Europa, onde se fez sentir com grande pressão.
Inicialmente, a extensão do comunismo atingiu a Europa Oriental e fez-se sob pressão directa da URSS. Desde 1948, os partidos comunistas dos países da Europa de Leste, tornaram-se partidos únicos e controlaram toda a vida política e social desses Estados, que passaram a receber a designação de democracias populares. Estas defendem que a gestão do Estado pertence ás classes trabalhadoras, exercendo o poder através do Partido Comunista, que representa os seus interesses, sob forma do centralismo democrático.
Expansionismo soviético na Ásia
O apoio da URSS contribui para o avanço da revolução que culminou na República Popular da China em 1948. Até 1958, a China seguiu o modelo político de Estaline, com um tratado de "amizade, aliança e assistência mútua" realizado em 1950.
A China lançou-se num processo de transição para o socialismo, adoptando algumas medidas do mesmo, como é o caso dos Planos Quinquenais e da Coletivização da Agricultura.
A URSS participou também na formação e fortalecimento dos partidos comunistas que encabeçaram os processos de libertação dos países da Indochina. Isto aconteceu aquando as potências europeias recusaram ceder independência ás suas colónias.
A Coreia, tal como ficou acordado nas conferências de paz, ficou divida em duas zonas: a norte uma zona de influência soviética e a sul uma zona de influência americana.
Após a vitória de Mao Tsé-Tung na China em 1949, os norte-coreanos tentam unificar o país em 1950, violando assim a linha de separação. Os americanos e japoneses desde logo intervieram contra o comunismo, apoiados por um contingente militar da ONU, que iniciou bombardeamentos sobre tropas norte-coreanas (apoiadas por sino-soviéticos).
Em 1953, termina este clima de tensão e violência, com a assinatura do armístico. Contudo, a Coreia ficou dividida em dois Estados: apoiada EUA e a sul, a República Democrática da Coreia; apoiada pela URSS e a norte, a República Popular da Coreia. Até nos dias de hoje são evidentes as suas diferenças ideológicas.
Fig.2 - Guerra da Coreia |
Influência soviética na América Latina e África
Nos anos 60 e 70 o comunismo estendeu-se à América Latina e a África.
Em Cuba, em 1959, um grupo de revolucionários, sob comando de Fidel Castro e Che Guevara, derruba o ditador Fulgêncio Batista. Inicialmente os revolucionários não tinham grandes relações com a Rússia, porém, as suas relações com os EUA iam-se agravando pelo facto de Cuba se aproximar comercial e militarmente da URSS e dar inicio á nacionalização de empresas americanas sediadas na ilha. Com isto, os EUA começam a apoiar os opositores de Fidel Castro e em 1961 organizam o desembarque na Baía dos Porcos de um contingente treinado e armado pelo exército americano, porém o golpe fracassou.
A URSS mandou para a ilha mísseis nucleares que poderiam atingir o solo americano. Estes foram descobertos em 1962, por aviões americanos que conseguem provas fotográficas, considerando os mísseis uma ameaça à paz mundial. O presidente Kennedy exige de imediato a retirada dos mísseis, à qual Kruchtchev cede, com a cooperação por parte dos EUA em respeitar o Governo Revolucionário e suspender o bloqueio á ilha.
A influência soviética para o continente africano fez-se a partir de Cuba. São os revolucionários cubanos que apoiam os movimentos independistas africanos nos anos 60. Nos anos 70 são os militares cubanos que vão apoiar as propostas marxistas no poder em muitos países africanos após a sua independência.
Opções e realizações da economia de direcção central
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a URSS apresenta uma quebra na produção industrial e fragilidades económicas. Desta forma, torna-se necessário restaurar a produtividade.
Estaline decide voltar ao modelo da economia planificada, implementando novos Planos Quinquenais, dando continuidade a um modelo anteriormente realizado na Rússia. Segue assim para o IV Plano Quinquenal, imediatamente a seguir a Guerra, 1945, até 1950. Neste Plano, Estaline decide continuar a dar privilégio ao desenvolvimento da industria pesada(sector hidroeléctrico e siderúrgico) e dar maior importância à investigação cientifica(em especial à produção de armamento). No V Plano Quinquenal, que se realiza entre 1950 e 1955, Estaline mantém a importância dada ao sector industrial e desenvolve os meios de comunicação.
Com estes programas, a industria conheceu um grande impulso, relevando evidentes resultados positivos.
O grande problema da economia estalinista era o facto de não se orientar para a produção de bens de consumo e de não criar outras condições socioeconómicas, de forma a elevar os níveis de produtividade que sejam capazes de proporcionar uma melhoria de vida à população. Apesar dos excessos de centralismo democrático estarem na origem do forte aparelho burocrático, o nível de vida das populações era cada vez mais fraco.
Em 1956, quando Kruchtchev sucede Estaline, muda esta orientação. Decide por em prática uma destalinização e a partir de 1959 assume como prioridade o aumento da produção de bens de consumo, industriais e agrícolas.
Escala armamentista e inicio da era espacial
Com o medo de uma possível guerra, as duas superpotências (EUA e URSS) intensificaram a sua corrida ao armamento.
Devido aos grandes progressos cientificos e técnicos que se verificaram na produção de armas, em 1945, os EUA fazem explodir duas bombas nucleares. A URSS em 1949, não podendo permanecer indiferente, faz explodir a primeira bomba atómica de fabrico soviético. Em 1953 os americanos possuem a bomba de hidrogénio, e no ano seguinte os soviéticos controlam também a sua produção. O mundo passou a viver um "terror nuclear" devido ás duas superpotências que contudo nunca chegaram a entrar em conflito directo.
Também em projectos de conquista do espaço estiveram as duas superpotências envolvidas. A 4 de Outubro de 1957 a URSS colocou em órbita o primeiro Satélite artificial, o Sputnik , começando assim o inicio da era espacial. Com isto a URSS demonstrou que possuia técnicas e financiamentos capazes de derrubar os EUA. Passado um mês lançou o Sputnik I, que colocou no espaço o primeiro ser vivo, uma cadela chamada Laika.
A URSS demonstra desta forma o seu poder espacial, fazendo temer os americanos, que percebem que os satélites artificiais colocados no espaço podiam transportar armamento perigoso e destrutivo.
Fig. 3 - Sputnik I |
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